- Elas são responsáveis por 4,5 milhões de empresas constituídas;
- 42% dos salários pagos;
- 21% da participação no PIB;
Curitiba, maio de 2015 – As empresas familiares são o motor da economia no Brasil. Hoje, elas representam 90% do mercado. São elas que movimentam todo o setor de produtos e serviços em uma imensa gama de atividades e representam 60% dos empregos formais do país.
Diante dessa representatividade para a economia, as empresas familiares precisam estar preparadas para se manter no mercado. “Não só para aumentar seus lucros, mas também, para perenizar sua atuação, garantir crescimento sustentável e a geração de novos negócios”, comenta a advogada Monique de Souza Pereira, especialista em planejamento jurídico-sucessório. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que 67% dos empresários acreditam que conseguiram superar crises econômicas por trabalharem em família, mas o risco em não ter um modelo de sucessão organizado, é grande.
Não importa o tamanho, para não integrar os números de mortalidade, que também são expressivos no Brasil, os executivos precisam planejar o futuro. “Pesquisas mostram que, de cada 100 empresas familiares abertas e bem sucedidas, 30 chegam à segunda geração e 15 à terceira. Uma transição mal feita pode levar o empreendimento a uma administração equivocada ou à ruina”, explica a advogada Monique de Souza Pereira, especialista em planejamento jurídico-sucessório.
Superar as dificuldades econômicas, a concorrência acirrada e a falta de investimentos, não é o único desafio das empresas. Para se manter no mercado com crescimento, desenvolvimento e perenidade, é preciso pensar no futuro e fazer um planejamento adequado, não só das atividades de gestão e governança, mas, também, da sucessão na direção dos negócios.
A falta de um planejamento adequado, em relação ao patrimônio pessoal dos sócios e ao patrimônio das empresas, é um exemplo de atitude que pode ser devastadora para o negócio, principalmente quando ocorrem mortes prematuras, divórcios e incapacidades, de forma inesperada. “São muitos problemas que podem afetar a ‘vida’ da empresa, como a separação judicial de um sócio, o falecimento, o desequilíbrio entre crescimento familiar e a rentabilidade do negócio, além dos envolvimentos em litígios familiares”, comenta a especialista.
As empresas e grupos empresarias que buscam a expansão e proteção de seus negócios podem adotar estratégias para a simplificação da estrutura societária, planejamento de sucessão e do patrimônio. “Hoje, temos várias alternativas, jurídicas e de gestão para auxiliar as empresas a se organizarem adequadamente, inclusive, muitas delas auxiliam na diminuição da carga tributária, na atração de fundos de investimentos e na geração de parcerias que podem contribuir, muito, para alavancar os negócios”, completa.
(Jornal Brasil – São Paulo – 22/05/2015 – jornal)